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Entre janeiro e outubro de 2025, a Regional de Saúde de São Miguel do Oeste contabilizou 1.092 casos de dengue. Segundo a bióloga Marciéle Bogo, da Secretaria de Estado da Saúde, sete municípios enfrentaram situação de epidemia neste período São Miguel do Oeste, São José do Cedro, Palma Sola, Flor do Sertão, Bandeirante e Descanso.

“Esses municípios atingiram um grande número de casos e, por isso, foram considerados em epidemia. Embora o número de casos tenha sido menor que em 2024, a doença continua presente e já é considerada endêmica na região”, explicou Marciéle.

Diferença entre 2024 e 2025

Em 2024, 29 municípios da região chegaram a entrar em situação de emergência por causa da dengue. Já em 2025, o impacto foi menor. A diferença, segundo a bióloga, está relacionada ao clima.

“A transmissão em 2024 começou já em janeiro. Neste ano, os primeiros casos apareceram mais tarde, só no fim de fevereiro. Isso influencia diretamente no ciclo do mosquito, que depende de calor e chuva”, completou.

Mesmo com a redução, os casos continuaram sendo registrados durante o ano. De agosto até agora, os registros foram isolados e dentro da normalidade, segundo Marciéle. Agentes de endemias seguem atuando no controle do mosquito.

A expectativa é de que novos casos surjam entre janeiro e março de 2026, a depender das condições climáticas.

“Hoje, a situação está tranquila, dentro da normalidade. Os agentes de endemias conseguem atuar com eficácia. Mas a tendência é que os casos aumentem novamente entre janeiro e março de 2026, dependendo das condições climáticas”, finalizou Marciéle.